O que é internet das coisas? Prós e Contras da Tecnologia.

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Estender o poder da Internet além dos computadores e smartphones para uma ampla gama de outras coisas, processos e ambientes. Uma tecnologia que está mudando a forma como os negócios são feitos, mudando as empresas e da vida das pessoas. O que é Internet das Coisas? Prós e Contras da Tecnologia.

O que é internet das coisas? Prós e Contras da Tecnologia.

Se de um lado a ciência busca desenvolver tecnologias para auxiliar a vida humana, por outro lado, há aqueles que constantemente buscam o roubo de informações, de produtos, de capital.

Prejuízos bilionários são causados todos os anos a empresas e pessoas que têm suas contas invadidas, senhas roubadas, computadores sequestrados. Conheça a Internet das coisas, suas vulnerabilidades e o que pode ser feito para minimizar seus riscos.

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Entenda os perigos desta tecnologia que está no epicentro da transformação digital e é um dos pilares da Indústria 4.0. Uma transformação que influencia tudo, desde como se gerenciamos e operamos nossas casas até os processos de automação em quase todos os setores.

O que é Internet das coisas?

O dispositivo com o qual você está vendo este artigo, seja ele um Smartphone, um IPad, um Notebook, ele está conectado à internet.

Conectar coisas à Internet produz muitos benefícios surpreendentes. Todos nós vimos esses benefícios com nossos smartphones, laptops e tablets, mas isso também se aplica a todo o resto. A Internet das Coisas significa pegar todas as coisas do mundo e conectá-las à Internet, seja uma cafeteira, uma máquina de lavar ou mesmo a lâmpada da garagem.

Qual a importância da Internet das Coisas?

Quando algo está conectado à internet, isso significa que ela envia e recebe informações automaticamente.

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Internet das Coisas (IoT), dados e conexão.

Pessoas que utilizam pulseiras ou relógios inteligentes, estão utilizando internet das coisas, o relógio se conecta ao celular ou computador e troca informações, ele mede os batimentos cardíacos do usuário, quantidade de passos, calorias, quilômetros percorridos etc.

Em uma casa inteligente, o meio pode ser conectado e controlado tanto por um smartphone quanto por voz através de uma central. Até mesmo o aplicativo de informações sobre o trânsito (Waze), usado diariamente para traçar rotas e receber informações sobre congestionamento, radares e acidentes, também é um exemplo de internet das coisas.

O Conceito de Internet das Coisas

Kevin Ashton Conceito de IoT industrialevo.com.br
Kevin Ashton

Kevin Ashton, no início dos anos 2000 estabeleceu o conceito de internet das coisas, ao conectar sensores com tecnologia de Identificação por Radiofrequência, o RFID à internet.

Apesar de parecer nova, a RFID surgiu durante a segunda guerra mundial. A Royal Air Force (RAF) inglesa utilizava em seus aviões esta tecnologia, os famosos transponders, e assim conseguia evitar o fogo amigo!

Mais tarde, na década de 1980, a tecnologia evoluiu para uso comercial e se tornou a RFID. A título de exemplo, pode-se citar as etiquetas que fazem um sistema de segurança de uma loja apitar, ou mesmo o chip utilizado para que veículos passem direto pelos pedágios. Outro exemplo é função que permite pagamentos via aproximação do celular, a chamada NFC.

Coletando e enviando informações

Os sensores do meio físico podem medir temperatura, movimento, umidade, qualidade do ar, luz e quase tudo que se possa imaginar. Tomemos como exemplo uma fazenda.

A obtenção automática de informações sobre a umidade do solo pode dizer aos agricultores exatamente quando as safras precisam ser regadas. Em vez de regar muito ou pouco, o agricultor pode garantir que as plantações recebam a quantidade exata de água.

Assim como os sentidos humanos permitem coletar informações, os sensores permitem que as máquinas entendam seus ambientes e tomem decisões automaticamente de acordo com suas programações.

E este exemplo é apenas um tipo de sensor, pode-se adicionar outros sensores, como luz, qualidade do ar e temperatura, com dezenas, centenas, milhares de fazendas, todas coletando informações, e tudo isso sem a utilização de fios e cabos para conexão dos sensores.

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IoT – Dados da Agricultura

Os algoritmos das máquinas podem criar percepções notáveis sobre como fazer plantações crescerem da melhor maneira, ajudando a alimentar a crescente população mundial.

A Internet das Coisas fornece às empresas e pessoas uma melhor visão e controle sobre objetos e ambientes que estão atualmente fora do alcance da Internet. Esta tecnologia ajuda empresas e pessoas a ficarem mais conectadas ao mundo ao seu redor e a fazer um trabalho mais significativo, de alto nível.

Segurança das Informações na Inernet das Coisas

Os dispositivos IoT são propensos a ataques cibernéticos e, portanto, merecem melhores padrões e diretrizes de segurança para garantir a segurança dos dados.

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Estima-se que haja mais de 30 bilhões de conexões com a Internet das Coisas em 2025, com cerca de 4 dispositivos por pessoa e impulsionados por novos padrões de tecnologia como o 5G.

Apesar da ampla faixa de aceitação, a Internet das Coisas vem com certas preocupações de segurança.

Um Relatório de Inteligência de Ameaças da Nokia de 2020 descobriu que os dispositivos IoT representam 37,72% dos dispositivos infectados.

Ameaças a IoT

Os dispositivos IoT estão conectados pela Internet e, portanto, são vulneráveis ​​a ataques. A ampla conectividade e acessibilidade dos dispositivos representam uma ameaça, pois podem comprometer a privacidade e os dados confidenciais.

Hackers são indivíduos com um conhecimento profundo em informática e computação que trabalham no desenvolvimento e modificação de softwares e hardwares de computadores, não necessariamente para cometer algum crime.

Crackers são hackers que utilizam seu conhecimento para invadir ilegalmente sistemas, sites, servidores, bancos de dados etc. Fazendo uma analogia Geek, é como comparar um Jedi e um Sith, Ambos têm poderes similares, porém estão em lados opostos da força!

Engenharia de software desenvolvimentos de softwares e programas industrialevo.com.br

Os crackers costumam ter como alvo os sistemas IoT fracos para ataques de malware e ransomware. Malware, é a abreviação de software malicioso, ele invade, danifica e rouba dados. Ransomware é um tipo de código que torna inacessível os dados armazenados em um equipamento, normalmente computadores, eles geralmente usam uma criptografia, e exigem pagamentos de resgate (ransom) para restabelecer o acesso do proprietário.

Conforme as novas tecnologias evoluem, os criminosos cibernéticos se adaptam e descobrem novos métodos para roubar dados confidenciais. Inteligência Artificial e Internet das Coisas têm o potencial de revolucionar a sociedade, mas o que acontece quando essas novas tecnologias são transformadas em armas por criminosos cibernéticos?

A menos que segurança baseada em hardware sejam implementadas em dispositivos IoT, os usuários ficarão vulneráveis ​​aos ataques cibernéticos.

Bancos, governos, o setor de saúde e até mesmo residências são os principais campos de risco, e os ciber-criminosos estão bem cientes de que quanto mais dispositivos estão interligados, mais dados podem ser comprometidos.

A Inteligência Artificial foi criada para usar o aprendizado de máquina para ir além das capacidades de um ser humano e ver padrões que os humanos não conseguem perceber.

Analisar os dados de maneiras completamente novas abre inúmeras possibilidades, porém, como consequência, também abre a porta para vários riscos, pois os perigos da segurança cibernética não são devidamente considerados na fabricação de dispositivos IoT.

Instituições financeiras

Dispositivos móveis, cartões e informações de pagamento, estão sendo disponibilizados para plataformas como o Google e dispositivos como Alexa da Amazon, e podem ser usados ​​para comprar mantimentos na era das casas inteligentes.

O apelo de ter essas informações armazenadas nessas plataformas e dispositivos é a conveniência que traz para o dia a dia, no entanto, a realidade é que muitas pessoas não sabem realmente o que está acontecendo com estes dados.

Quanto se pode realmente confiar nesses dispositivos?

Para os fabricantes, o foco principal com esses dispositivos é a experiência do cliente e a usabilidade, e como resultado, não está claro o quanto a tecnologia está sendo focada em proteger esses dispositivos para proteger as pessoas que os estão usando e seus dados.

Cuidados de saúde

Com a tecnologia no setor de saúde, os riscos se concentram em um nível muito mais individual. Muitos dispositivos são do tipo embutido que podem ser encontrados dentro ou sobre o corpo humano, como o marca-passos.

Apesar da tecnologia de saúde inteligente que esses dispositivos oferecem, eles correm o risco de invasão como resultado da segurança cibernética de baixo nível que está instalada neles. Isso significa que os dados armazenados são vulneráveis e podem ser lidos facilmente por terceiros.

Infarto causado por invasão iot industrialevo.com.br
Ataque cardíaco / infarto

Para evitar isso, os dispositivos precisam ter um nível de segurança embutido neles para que as pessoas possam evitar o acesso não autorizado, o que, em última análise, pode resultar em uma situação de vida ou morte, como, por exemplo, quando um cracker acessar um marca-passo e desativá-lo ou deliberadamente causar mau funcionamento.

Casas inteligentes

Geladeiras, chaleiras, lâmpadas, campainhas, portas e muito mais. Tal como acontece com o banco online, o apelo é tornar a vida cotidiana mais tranquila e permitir que os indivíduos concentrem sua atenção em outro lugar.

A chave para dispositivos domésticos inteligentes é sua capacidade de prever as necessidades de uma pessoa e seus padrões diários, rastreando a interação da pessoa com o dispositivo e gravando.

Os dados gravados são comunicados a um servidor, mas se esse link de comunicação não for seguro, ele se torna um caminho fácil para os crackers entrarem em sua casa. Da mesma forma, se os dados armazenados no servidor ou banco de dados não estiverem criptografados, haverá o risco de violação.

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Embora a ideia de sua geladeira ser hackeada pareça quase divertida, a realidade do perigo vai muito além de um hacker saber quantos ovos você come. O acesso aos dados do usuário e a todos os outros dispositivos conectados permite que um cracker entre em sua casa, o que pode causar sérios problemas de segurança.

Muitos desses dispositivos são tão pequenos que incorporar uma tecnologia robusta não é uma prioridade para um fornecedor por não ser econômico, mas essa decisão acaba afetando o consumidor a longo prazo.

Imaginemos que se ao acessar sua geladeira, ele tiver acesso a dados como as digitais do usuário para abrir portas ou mesmo a senha alfanumérica utilizada, câmeras internas e externas, dispositivos com e-mail, dados bancários, suas rotinas, os nomes dos integrantes da família, as compras que seriam entregues na residência.

Riscos Automotivos

Nos últimos anos, houve um grande aumento na instalação de dispositivos IoT em veículos, o que trouxe consigo um incentivo para as pessoas subscreverem a ideia de monitorar como elas dirigem por meio de um dispositivo.

Significativamente, eles foram vinculados a provedores de seguros que permitem aos clientes instalar dispositivos que relatam dados e reduzem as taxas de seguro ao dirigir dentro de um determinado conjunto de parâmetros.

Assim que um veículo é conectado à internet, é criada uma conexão entre a seguradora e o veículo, expondo os veículos aos crackers. O acesso remoto a veículos pode causar sérios danos pessoais, como desativar os freios de um carro.

Em uma escala maior, os servidores da seguradora que recebem os dados também podem ser um alvo. Potencialmente, os crackers podem obter acesso aos sistemas e lançar ataques remotos em frotas inteiras de veículos.

carros conectados com iot industrialevo.com.br

Finalmente, se as redes não forem segmentadas adequadamente, os crackers podem obter acesso às redes das seguradoras que podem violar grandes quantidades de dados pessoais.

Os fabricantes de veículos também estão aumentando a quantidade de sistemas inteligentes instalados em novos modelos. Esses sistemas permitem que o veículo acesse o telefone, os contatos de um indivíduo, câmeras e todos os outros dados associados à ‘vida inteligente’.

Todas essas informações são enviadas de volta ao fabricante e seus servidores. Se um carro for vendido sem que os dados sejam devidamente limpos, ele permanecerá armazenado na nuvem.

Isso abre toda uma gama de riscos de segurança, como o acesso de proprietários anteriores a carros que estão sendo usados ​​por pessoas diferentes, permitindo o acesso remoto às funcionalidades do carro e aos dados do novo usuário.

O mesmo se aplica a casas inteligentes: se você vender sua casa, os conjuntos de dados e as credenciais do usuário devem ser apagados. Se esses dispositivos não forem criptografados corretamente desde o início e depois apagados após cada usuário, isso expõe os indivíduos a um grande número de riscos de segurança cibernética.

Conclusão

Convivemos diariamente com tentativas de ataques por parte de pessoas mal intencionadas, golpes através de celulares e internet são cotidianos. E-mails com falsos links, falsas promoções e falsos perfis em redes sociais fazem parte do nosso dia-a-dia.

Com a internet das coisas, se as coisas não receberem os devidos protocolos e criptografias para segurança, poderemos presenciar um grande caos cibernético.

A tecnologia e aplicação são ótimos, o criminoso é que deve ser combatido severamente. Assim como existem pessoas má intencionadas, existem as que procuram soluções para melhorar a vida através da tecnologia. Ao adquirir um sistema desses levemos sempre em conta a ética e a idoneidade das empresas fabricantes.

Pergunte se há protocolos de segurança ou criptografia, block chain, algum tipo de atualização, e depois pesquise sobre estes produtos. Uma ou duas horas de pesquisa com certeza compensará transtornos de ter sua intimidade exposta, documentos roubados e distribuídos na deepweb, chantagens ou contas simplesmente esvaziadas.

About Flávio Santos

42 Anos, Eng. Eletricista, Eng. Segurança do Trabalho; MBA em Gestão Estrat. de Pessoas Lid. e Coaching; Pós-Graduado em Engenharia Industrial 4.0; Técnico em Instrumentação Industrial; 22 anos de experiência no setor industrial Químico, Petroquímico, Sucro-Alcooleiro, Alimentício, Geração de Energia, Projetos e Gestão. Amante da NBA e Mestre Cervejeiro nas horas vagas.

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